Neste espaço encontra
algumas das questões mais frequentes sobre as consultas de Psicologia
Clínica/Psicoterapia/Terapia de Casal.
Qual o papel do psicólogo clínico?
O psicólogo clínico é um profissional com a devida formação em psicologia
(ramo clínico) que se dedica a ajudar e acompanhar quem o procura no trabalho e
resolução das mais variadas questões e problemáticas. A ajuda poderá ser mais
pontual e breve no sentido, por exemplo, de uma tomada de decisão sobre
qualquer temática, implicando a sua análise e discussão, ou mais longa quando
implica um trabalho ao nível de padrões de funcionamento e estratégias de
resolução de problemas.
As questões ou problemáticas abordadas podem ser muitas diversas. Como
exemplos salientam-se as problemáticas de ansiedade (como a ansiedade
generalizada e os ataques de pânico), a depressão e os estados depressivos
caracterizados por uma tristeza, apatia e desmotivação predominantes, as
diversas dificuldades relacionais e conjugais, as dificuldades de comunicação e
afirmação, dificuldades na tomada de decisão ou resolução de problemas nas mais
variadas áreas, entre outras.
Qual a diferença entre o psicólogo clínico e o psiquiatra?
O psicólogo clínico tem formação em Psicologia (ramo clínico) que
privilegia o estudo e a análise da singularidade do indivíduo e que pretende
entender a sua realidade, as suas dificuldades e os seus problemas. O psicólogo
clínico não prescreve medicação e o seu trabalho assenta na avaliação,
acompanhamento, aconselhamento e intervenção psicológica ao nível das mais
variadas questões já mencionadas (ver questão anterior ou informação na secção
de Terapia Individual e/ou Terapia de Casal).
O psiquiatra tem formação em Medicina (especialização em psiquiatria) e
dedica-se essencialmente a prestar ajuda no campo das doenças mentais. Está
habilitado a prescrever medicação.
Receio de ser rotulado como "maluco" ou
"desequilibrado" ao procurar a ajuda de um psicólogo?
Todos nós, enquanto seres humanos, somos perfeitos na nossa imperfeição!
Todos enfrentamos problemas, alturas da vida em que nos sentimos exaustos,
desmotivados, tristes, ansiosos, confusos e tudo isso é....... NORMAL!
Muitas vezes, torna-se útil procurar a ajuda de quem , com formação
especializada, nos pode orientar, aconselhar e ajudar a criar novas
alternativas, estratégias ou padrões de funcionamento. E não existe mal nenhum
nisso. Essa iniciativa apenas poderá indicar que estamos a assumir
responsabilidade pela nossa vida e temos a coragem de lutar pela nossa
Felicidade!
Poderei ir apenas a uma consulta ou é "obrigatório" um
acompanhamento mais longo?
Não tem obrigação nenhuma de continuar um processo se este não lhe fizer
sentido. A primeira consulta é sempre muito importante para avaliar as questões
principais envolvidas e ponderar acerca de possíveis estratégias de ajuda e
intervenção.
É importante ainda que o paciente se sinta bem com o profissional para que
uma relação empática e de confiança se possa solidificar, caso se opte por um
acompanhamento mais regular.
Por outro lado, muitas vezes o psicólogo pode ser procurado apenas como
forma de ajuda numa questão muito pontual de reflexão, resolução de problemas e
tomada de decisão, não se justificando a continuação de um acompanhamento mais
regular e prolongado no tempo.
Qual a periodicidade das sessões?
O intervalo entre sessões, caso se opte pela continuação do acompanhamento,
poderá variar de acordo com cada caso e os diversos fatores envolvidos. Têm
peso questões como as problemáticas abordadas e a disponibilidade dos pacientes
(temporal e monetária).
Normalmente as sessões realizam-se semanalmente ou quinzenalmente. Um
intervalo mais espaçado poderá ser realizado em casos de manutenção ou
follow-up, ou quando as diversas condições envolvidas não permitirem um
acompanhamento mais frequente.
É importante que o paciente seja sincero com o profissional ao expor
eventuais dificuldades (monetárias, temporais) ou dúvidas que tenha em relação
a este acompanhamento, de forma a que na medida do possível estas possam ser
contornadas.
A minha relação conjugal sempre foi problemática. Porquê acreditar que com
a Terapia de Casal poderá mudar?
Muitas vezes as relações conjugais vivem durante anos alimentadas por
padrões de comportamento disfuncionais que, quando não identificados, perpetuam
um acumular de dificuldades que se mantém no tempo e podem conduzir ao fim do
relacionamento.
É muito importante perceber e assumir que numa relação a dois estão,
necessariamente, os dois envolvidos e que não existem culpados mas antes ações
e reações que se vão alimentando ao longo do tempo. Identificar aquilo que cada
um poderá fazer de forma diferente e criar estratégias para melhor lidar com as
dificuldades existentes poderá operar milagres, enquanto existir a vontade de
manter e lutar pela relação.
De entre as várias questões que poderão ser abordadas em Terapia de Casal
encontram-se as dificuldades de comunicação, a violência física e/ou emocional,
as mentiras, a rotina e a desmotivação, as dificuldades sexuais, a desilusão
e a falta de confiança, entre outras.
Existe sigilo e confidencialidade da informação partilhada em consultório?
Sim, existe. O psicólogo deverá obedecer ao código deontológico e à ética
de respeito pela privacidade dos pacientes, pelo que deverá estar garantido o
critério de confidencialidade e sigilo das informações partilhadas.